RETRATO DAS ESCOLHAS DA VIDA
Minha filha perguntou o que seria de mim “quando crescesse” se não fosse fotógrafa. Olhei por todas as janelas disponíveis e só consegui responder que ainda tinha e tenho muito a aprender pra ser alguma coisa. Mas que fazer o que se tem prazer deveria ser a meta de qualquer pessoa na vida.
Prazer para mim é sinônimo de fotografar.
Prazer para mim é sinônimo de fotografar.
Na mesma semana outra estória de vida confirmou a questão o que ser e o que não ser. Minha amiga Leda me convidou pra passar o dia no barco que era casa de uma amiga em Angra. Chegando lá fomos recebidas pela comandante Christina Amaral. De longe só dava pra ver uma mulher alegre. De perto, radiante. Dos olhos brilhavam lembranças do mar. Da boca cada coisa contada, uma aventura.
Empresária do setor de alimentação “perdeu o leme” e resolveu “ter o leme” de volta em alto mar, no veleiro Aquarela. Decisão radical. Na vida é preciso coragem. A Chris caprichou. Disse que quando passou dos 30 resolveu fazer o que mais gostava - velejar. Abriu mão de muito e foi viver com pouco, porque dentro de um barco cabe muito pouco. Não tem espaço. Fora dele, um oceano...
Duas coisas chamaram minha atenção porque tinham relação com alimento, o "primeiro setor" da vida da Chris. Primeiro ela disse que quando atracava havia muitos homens e eles respeitavam o fato dela ser mulher, cuidavam dela até. Quando acordava de manhã, abria a porta do veleiro e do lado de fora tinha um baldo com um peixe fresquinho. Algum pescador havia deixado.
Outra coisa que achei linda foi ela dizer que chegar pelo mar em uma cidade era como entrar pela porta da cozinha. Contei pra Neide Rigo, do Come-se, claro. Imagina se ela não ficou interessada em saber quanto custa pra fazer um passeio de veleiro? Afinal, conhecer as cozinhas das cidades...
Mas como sobreviver num mercado abarrotado de gente sem ter ao menos satisfação? Qual a finalidade? Ganhar dinheiro? Mas dinheiro não se ganha, se faz com trabalho. E trabalho se faz com gosto. Caso contrário, é mau gosto.
Então o que ser quando crescer afinal? Como responder pra um filho? Só consigo voltar a dizer que cada um tem que achar a própria resposta. A da Chris, velejar. E finalizaria: bons ventos. A Neide, cozinhar e pesquisar sobre alimento. Provavelmente falaria: bom apetite. Eu: fotografar. Então termino desejando a todos: boa luz.
9 comentários:
É mãe,você caprichou bastante nas fotos e caprichou nas exploração do "Yaghan" o veleiro do João hehehe.
Gostei muito do que vocÊ escreveu e do que a Chris escreve no http://www.veleiro.net/aquarela
Bjs
Júlia Corrêa
Filha, adoro quando você vem aqui e deixa suas idéias. Você é linda! Beijo. Te amo, mamãe
Julia,
eu também queria saber o que vou ser quando crescer. Por enquanto vou fazendo o que me faz feliz.
Inês, que filha linda! Júlia, sorte da mãe que tem. Boa luz e bom apetite pra vocês.
Postei lá no come-se o vídeo. beijos, N
Neide querida, que bom encontrá-la aqui. Acho que só te vejo na volta. Júlia mandou um beijo pra ti. Aproveite a terrinha, Ines
inês ... linda!
vc me emociona :)
é um respiro de liberdade nesse nosso mundo estranho.
bjs alesi
Alesi minha querida, desse jeito meu ego vai passear pela cidade como um zepelin. Beijo e obrigada. Vc também se não existisse precisaria ser inventada.
Ines adorei a visita,as fotos e suas palavras! Foi uma tarde inesquecivel!!Venham nos visitar qdo quiser, nossas gaiutas estam sempre abertas.
Bons ventos sempre
bjim
Julia, amei saber que vc esta lendo as histórias e aventuras do site do Veleiro Aquarela, prometo que na proxima vez que vc vier ele estará bem limpinho. E sobre saber o que fazer qdo crescer tenho uma dica pra te dar, seja sincera sempre com vc mesma e com seus sentimentos e desejos, aprenda a ouvir sua intuição! Bons ventos e mar tranquilo!! bjim
Chris, gaiutas abertas é quase um código hein. Amei. Vou falar pra júlia que tem receado pra ela. Keep in touch. Bj
Postar um comentário