quinta-feira, julho 29, 2010

CORPO ESCANEADO

 Ballet Digitallique
Lali e Lenira posicionadas diante do escaner
Piso do 1° subsolo - Instituto Itaú Cultural – São Paulo
Fotografia: Ines Correa



No Instituto Itaú Cultural até o dia 5 de setembro: Ballet Digitallique. União de arte, tecnologia, imagem, música e dança gerando interatividade. 

Conheci Lali Krotoszynski por minha amiga Lenira Rengel. Havia um bom tempo não encontrava Lenira, que atualmente trabalha como  professora na graduação e na pós da Universidade Federal da Bahia. Ela já esteve aqui no Corpo em Imagem. Nos reencontramos numa tarde no Itaú Cultural, quando me apresentou Lali.

Lenira é responsável pelos movimentos. Ela é o “banco de dados”. É o que Lali define como “bailarina MoCap” do Ballet Digitallique. Como assim, Mo o que? MoCap significa “sistema motion capture”. Lenira Rengel realizou movimentos que, segundo Lali Krotoszynski, foram “coreografados em módulos que geram o banco de dados do programa”. Lali encontrou nos movimentos de Lenira os dados necessários para construir um programa de informação digital. Muito complicado? Esta é a parte que tem a ver com o universo da tecnologia… Também acho bastante complexo.

Ballet Digitallique
Na tela a informação de que seu corpo está sendo escaneado
Piso do 1° subsolo - Instituto Itaú Cultural – São Paulo
Fotografia: Ines Correa

E a dança, aonde entra? Lali explica que a estrutura de Ballet Digitallique envolve a criação de um banco de dados baseado no método Laban de análise do  movimento. Para quem não sabe, Rudolf Laban desenvolveu um sistema para observar e descrever o movimento humano e, entre outras coisas, classificou de forma sintética “ações de esforço”: torcer, pressionar, talhar, socar, flutuar, deslizar, sacudir e pontuar. Lenira Rengel, a bailarina MoCap, é especialista na Arte de Movimento de Laban e sua inserção no pensamento contemporâneo na Dança, nas Artes e no Ensino. Estudou com Maria Duschenes, introdutora da Arte de Movimento de Laban no Brasil. Deu-se aí o encontro das duas, Lali e Lenira, arte e dança.

A imagem, para que e porque? As informações dos movimentos da bailarina MoCap utilizadas por Lali precisam ser capturadas em forma de imagem. Neste trecho do trabalho é importante a documentação fotográfica e em vídeo. Os documentos utilizados foram feitos por Maíra Spanghero, escritora, pesquisadora e autora do livro "A dança dos encéfalos acesos". Deu-se aí o encontro das três, Lali, Lenira e Maíra, arte, dança e imagem.


Ballet Digitallique

Ballet Digitallique
Ballet das silhuetas digitais
Piso do 2° subsolo - Instituto Itaú Cultural – São Paulo
Fotografias: Ines Correa



Os encontros não param por aí. A arte de Lali compõe também com a música de Dudu Tsuda, artista multimídia que conheci quando fotografei o trabalho Centímetros Decibéis, de Lua Tatit, para o Corpo em Imagem. Deu-se o encontro dos quatro: arte, dança, imagem e música. E a interatividade? Ah, esta parte não vou contar. É preciso ir lá no Itaú Cultural e experimentar a sensação de ver seu corpo ser escaneado e transportado para o universo virtual.

blog onde voce pode encontrar mais informações sobre o Ballet Digitallique
Itaú Cultural. Julho, 2010.





BALLET DIGITALLIQUE
Até dia 5 de setembro
Autonomia Cibernética
5ª edição da Bienal Internacional de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural
Onde: Instituto Itaú Cultural
Ficha Técnica
Criação e direção: Lali Krotoszynski
Assessoria em Laban e bailarina MoCap: Lenira Rengel
Engenharia e design de software: Ricardo Palmieri
Equipe técnica: Ricardo Palmieri, Roger Sodré e Angelo Benetti
Consultoria de scripts python: João S. O. Bueno
Motion Capture: RPM Produtora e Digital Spirit
Música: Dudu Tsuda
Documentação em foto e vídeo: Maíra Spanghero
Assistência: Diego Ávila

3 comentários:

Maíra disse...

:D
:D:D

Inês Correa disse...

oi maíra, bom vc por aqui. beijo

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado