PARTICIPATING ARTISTS PRESS AGENCY
Let the news come to you
Não é recente mas é o motivo pelo qual fiquei tantos dias sem aparecer aqui no blog. Deveria ter ao menos tentado dar alguma satisfação. Mas existem algumas coisas na vida da gente que aparecem de surpresa.
Foi engraçado. Estava pendurando roupa no varal e o telefone tocou. Duas vozes falavam ao mesmo tempo entusiasmadas: Luciana Camargo e Flávio Sampaio, organizadores do Fotomix. Anunciaram que eu e mais alguns fotógrafos do Fotomix tínhamos sido escolhidos para participar do P.A.P.A – Participating Artists Press Agency, organizada por Lino Hellings, artista e socióloga holandesa, residente em Amsterdã.
Ok, disse mesmo sem entender o que estava acontecendo. “Sexta-feira”, me disseram, “ela vai dar uma palestra e explicar o trabalho que teremos que fazer”. “Nossa, sexta? Sexta tenho aula”, falei e refiz a fala: “mas tudo bem, se ela só pode sexta faremos da maneira como for, a única”.
Forms of doing nothing
Lino apareceu, se apresentou a todos, ligou seu notebook e datashow e começou. Iniciou relatando um trabalho artístico que desenvolveu numa clínica de pacientes com Auzheimer onde acabou desenvolvendo a idéia que nomeou: “the right to do nothing” ou “forms of doing nothing”, em português, “o direito de fazer nada” ou “formas de não se fazer nada”. O resultado, do trabalho e todo o processo pode ser visto clicando no link the compartment. A idéia gerou uma nova teoria de estudo do Alzheimer.
Direito de errar
Após esse início inusitado, já que dificilmente alguém dá uma palestra falando do direito de se fazer absolutamente nada e ainda tentar não ficar preocupado em não fazer nada, Lino falou sobre o P.A.P.A e a primeira experiência. Disse que há dois anos havia notado que poderia trabalhar e expandir o espaço público da Holanda para o mundo. Segundo ela, todos podem decidir o que é ou o que será uma notícia e que poderíamos ter diferentes formas de fazer as notícias: “a partir do momento em que eu souber quem é minha audiência – uma ou milhões de pessoas –, percebi uma coisa que você não percebeu”.
Não sei dizer se nesse momento da palestra entre o conflito inglês - português, inglês – holandês, as informações estão coerentes mas entendi que Lino estava trabalhando na Errorist Network: “precisamos de uma gota de ficção na realidade ou uma gota de realidade na ficção?"
Não sei dizer se nesse momento da palestra entre o conflito inglês - português, inglês – holandês, as informações estão coerentes mas entendi que Lino estava trabalhando na Errorist Network: “precisamos de uma gota de ficção na realidade ou uma gota de realidade na ficção?"
O primeiro P.A.P.A, em Dhaka – Bangladesh. Lá uniu-se ao Drik, que quer dizer palavra em sânscito para visão (alma). Drik é uma agência de imagens construídas a partir daquilo que você acredita ser a imagem do seu país.
P.A.P.A Nigéria
Quando Lino chegou em Lagos – Nigéria, descobriu que nada funciona e ao mesmo tempo tudo funciona. Se o sistema de eletricidade é precário, as pessoas levam geradores. Se não tem água, transportam água para os locais. Ela nomeou o sistema de “mobile shops” porque “the shops come to you”, ou seja, as mercadorias chegam até as pessoas de alguma maneira.
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