quinta-feira, maio 28, 2009

EIS A QUESTÃO

CLICAR OU NÃO CLICAR

Não sei, nunca sei direito o que me leva a fazer uma ou outra foto. Muitas vezes acho até que fotografar é um ato obsessivo. Mas cá entre nós trata-se de um ato ou ideia fixa que não causa nenhum mal a ninguém, não é mesmo? Então, continuo. Além do mais hoje em dia todo mundo fotografa muito. A fotografia digital é quase uma febre universal globalizada. Eu, acho ótimo.

Mas saber fotografar não é mais alguma coisa que deve ser vivida somente por aqueles que querem se profissionalizar. Fotografar melhor pode e deve ser encarado como uma necessidade para o mundo atual. Caso contrário estaremos sujeitos a cansar do ato de ver imagens. Porque são tantas e tantas imagens que vemos!

Outro dia, não lembro bem com quem nem onde nem quando eu estava conversando e alguém me perguntou se quando eu fotografava fazia muitas ou poucas fotos. Eu respondi que poucas. Daí me perguntaram porque. Eu disse que primeiro olho e só faço o movimento dos dedos no disparador da câmera quando sinto que devo. O olhar me leva ao movimento. Me disseram: "Ah, porque existem alguns fotógrafos que fazem muitas fotos, parece que estão com uma metralhadora na mão. Você não é assim?" Eu voltei a dizer que eu não clicava assim. E me perguntaram: "Mas daí você não deixa de clicar muita coisa?" Eu disse que sim. E é verdade, muitas vezes eu vejo alguma coisa acontecendo na minha frente e não tenho o impulso de fazer a foto. Acontece até de me arrepender. Mas passa rápido, então considero que não era aquela foto que eu queria fazer.

Cada foto que eu faço foi porque pensei nela, olhei pra ela, sei lá... Eu vi primeiro. No final da conversa me classificaram como atiradora de elite... Eu observei: sou obsessiva mas não sou ansiosa. Mas se tudo tem que ser classificável, acho que estou mais pra pescador. Eu lanço a isca pro rio e fisgo o peixe pra comer. E quando não vou comer pesco e devolvo pro rio só pra me divertir.

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