fotografia: inês corrêa
Duas ciganas passaram e enfeitaram a rua com suas roupas coloridas.
Duas ciganas que bateram na porta da velha senhora. Do outro lado da rua eu estava, dentro da casa rural ouvindo a vendedora dizer: "elas pedem dinheiro e se você não dá elas gritam e falam palavras feias. tenho medo delas.".
Quando eu era criança morava numa chácara em Botucatu. Olhando da minha casa lá para baixo onde ficava a porteira havia um riacho, veio de água que vinha do Rio Lavapés. Algumas vezes acordava e eles estavam lá. Havia um acampamento montado. Muitas roupas e tecidos coloridos secando no sol. Famílias se banhavam no rio. Os caseiros que trabalhavam em casa diziam: "são ciganos. cuidado!".
Eu admirava de longe e gostava da imagem de cores e movimento que eles traziam para aquele lugar. Nunca tive medo dos ciganos. Curiosidade sim. Pegava a bicicleta e pedalava bem perto da porteir. Olhava bastante rápido e voltava pedalando pela estradinha de terra. No dia seguinte arreava a égua e cavalgava na mesma direção. De cima do cavalo podia ver melhor. Eles cantavam e dançavam em volta da labareda da fogueira. Um cheiro bom de comida boa no ar. Não ficavam muito tempo. No terceiro dia quando olhava, não havia mais ninguém.
Duas ciganas que bateram na porta da velha senhora. Do outro lado da rua eu estava, dentro da casa rural ouvindo a vendedora dizer: "elas pedem dinheiro e se você não dá elas gritam e falam palavras feias. tenho medo delas.".
Quando eu era criança morava numa chácara em Botucatu. Olhando da minha casa lá para baixo onde ficava a porteira havia um riacho, veio de água que vinha do Rio Lavapés. Algumas vezes acordava e eles estavam lá. Havia um acampamento montado. Muitas roupas e tecidos coloridos secando no sol. Famílias se banhavam no rio. Os caseiros que trabalhavam em casa diziam: "são ciganos. cuidado!".
Eu admirava de longe e gostava da imagem de cores e movimento que eles traziam para aquele lugar. Nunca tive medo dos ciganos. Curiosidade sim. Pegava a bicicleta e pedalava bem perto da porteir. Olhava bastante rápido e voltava pedalando pela estradinha de terra. No dia seguinte arreava a égua e cavalgava na mesma direção. De cima do cavalo podia ver melhor. Eles cantavam e dançavam em volta da labareda da fogueira. Um cheiro bom de comida boa no ar. Não ficavam muito tempo. No terceiro dia quando olhava, não havia mais ninguém.
Um comentário:
Ótimo! Vai se juntar as minhas recordações no mesmo cenário.
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