SOBRE O 6° OXIGÊNIO
Esta semana aconteceu o último encontro do Oxigênio de 2009. Agora só em 2010. Tive a oportunidade de ir a quase todos e infelizmente perdi o 5º. Aqui no blog você vai encontrar algumas informações, caso não tenha acompanhado: 1º Oxigênio, 2º Oxigênio, 3º Oxigênio e 4º Oxigênio. Tem tudo em vídeo, foto e texto, no espaço do Cultura em Pauta – Oxigênio, por André Fonseca, na web.
Para finalizar o trabalho e abrir discussões para o próximo ano, o Oxigênio voltou para o tema Modos de Produção e discutiu produções fora dos grandes centros. Oxigenadores: Marcelo Evelin, criador residente do Hetveem Theater, em Amsterdam e coordenador, em Teresina, do Núcleo do Dirceu. Clique em Núcleo no Oxigênio para ler um post que aprofunda a leitura sobre as discussões ocorridas no 6º Oxigênio). Outra oxigenadora é Gal Martins, diretora artística da Cia. Sansacroma e coordenadora do Núcleo de Artes do Corpo da Fábrica de Criatividade.
No 6º Oxigênio, o diagnóstico final do ano ficou por conta de Helena Katz, professora da PUC-SP, crítica de dança do jornal O Estado de São Paulo e André Fonseca, diretor da Projecta e criador do blog Cultura em Pauta.
MARCELO EVELIN DIRETO DE TERESINA
Marcelo Evelin iniciou a discussão do dia relatando com muito humor as dificuldades que encontrou para inserir a dança contemporânea em Teresina, apesar de ser nativo de lá. Segundo ele, “a arte por lá é ligada ao folclore”. Marcelo brinca que procurou utilizar o método “indisciplinado”, não o conhecido “multidisciplinar” para as coisas começarem a fluir.
Marcelo Evelin trabalha envolvido mas ouve coisas do tipo:
“Foucalt na periferia não rola”
“Foucalt na periferia não rola”
Marcelo Evelin e Helena Katz
Fotografias: Ines Correa
Fotografias: Ines Correa
A PERIFERIA DE CAPÃO REDONDO REGIDA POR GAL MARTINS
Enquanto Marcelo Evelin contava as aventuras da dança contemporânea em Teresina, Gal Martins, chegou - atrasada mas antenada. Afinal, não é fácil atravessar os congestionamentos da cidade de São Paulo para trazer as experiências quando se vem lá de Capão Redondo, zona sul da cidade. Elétrica, assim que deram a ela a palavra, contou sobre os projetos que desenvolve na região e a preocupação com a busca da identidade local e a composição da dança contemporânea com a cultura negra, afro e outros elementos.
Helena Katz e Gal Martins
Foto: Dora Leão (Platô Produções)
Foto: Dora Leão (Platô Produções)
CONCEITOS E PRECONCEITOS
As produções fora de São Paulo, assim que instaladas, começaram a enfrentar preconceitos. Enquanto Marcelo, nascido em Teresina, é conhecido por lá como “gringo” ou “holandês”, o grupo de Gal Matins é chamado “elite da periferia”.
Da esq. p/ dir.: Thelma Bonavita, Marcelo Evelin,
André Fonseca, Helena Katz e Gal Martins
Foto: Renato Paschoaleto
André Fonseca, Helena Katz e Gal Martins
Foto: Renato Paschoaleto
ENTRE FALAS E FOTOS (NOTAS RÁPIDAS)
Para ver na íntegra, veja os os vídeos que estarão no blog do Oxigênio. Abaixo algumas pequenas falas e imagens.
Thelma Bonavita, do Desaba:
“quem dá o dinheiro dá os critérios …”
“precisamos pensar em autonomia … em sair do modo de financiamento que estamos acostumados”
“quem dá o dinheiro dá os critérios …”
“precisamos pensar em autonomia … em sair do modo de financiamento que estamos acostumados”
André Fonseca, Cultura em Pauta:
“fomentar é pontual, não é permanente …”
”… é preciso saber o que se quer”
“fomentar é pontual, não é permanente …”
”… é preciso saber o que se quer”
Helena Katz:
“existe um plano nacional da dança e já está em curso …“
“é preciso pensar numa estratégia de conseguir autonomia …”
”… todas as outras áreas discutem isso, como se fazer sustentabilidade nas diversas áreas de conhecimento”
Fotos: Ines Correa
“existe um plano nacional da dança e já está em curso …“
“é preciso pensar numa estratégia de conseguir autonomia …”
”… todas as outras áreas discutem isso, como se fazer sustentabilidade nas diversas áreas de conhecimento”
Fotos: Ines Correa
ENTRE FOTOS
Durante os encontros do Oxigênio conheci o Renato Paschoaleto, fotógrafo, que não perdeu nenhum lance lá do lado de lá. Enquanto isso, do lado de cá, deixei meus olhos seguirem o que podia ver. Trocávamos as posições. Várias versões do mesmo jogo que acontecia – o jogo das palavras, experiências trocadas, conversas para refletir. Como olhar a mesma situação de diversos pontos de vista.
No último encontro, em determinado momento, sentei ao lado de Dora Leão, da Platô Produções. Ela olhou e pediu se podia fazer alguns cliques com a minha câmera fotográfica. Não estou muito acostumada a ter que lidar com esse tipo de situação, mas como não estava “de plantão”, deixei. Afinal, pensei, vamos trocar aqui também as formas de ver e retratar, como já estava fazendo com o Renato, e de alguém da produção.
Dora pegou a câmera e clicou, do local onde estava, diversas versões do seu olhar. As fotos dos três (Ines, Reanto e Dora), podem ser vistas clicando em fotos do último encontro no blog do Oxigênio.
Abaixo vou postar alguns recortes (outras leituras), feitos por Dora Leão:
No último encontro, em determinado momento, sentei ao lado de Dora Leão, da Platô Produções. Ela olhou e pediu se podia fazer alguns cliques com a minha câmera fotográfica. Não estou muito acostumada a ter que lidar com esse tipo de situação, mas como não estava “de plantão”, deixei. Afinal, pensei, vamos trocar aqui também as formas de ver e retratar, como já estava fazendo com o Renato, e de alguém da produção.
Dora pegou a câmera e clicou, do local onde estava, diversas versões do seu olhar. As fotos dos três (Ines, Reanto e Dora), podem ser vistas clicando em fotos do último encontro no blog do Oxigênio.
Abaixo vou postar alguns recortes (outras leituras), feitos por Dora Leão:
Fotos: Dora Leão (produtora)
E fecho as imagens com os dizeres deixados lá na lousa do espaço que acontece o Oxigênio:
Foto: Ines Correa
Nenhum comentário:
Postar um comentário